DEFINIÇÃO:
Vasculite é caracterizada pelo o número de doenças diferentes, que têm, em
comum , a inflamação nas paredes dos vasos sanguíneos. Assim, com a
inflamação, as paredes dos vasos sanguíneos ficam mais espessas, como
consequência células do sistema de defesa acumulam no interior dos vasos.
Com a interrupção do fluxo sanguíneo, essa reação provoca um
estreitamento (estenose). Portanto, órgão e tecidos do corpo deixam de ser
nutridos pela inflamação causada por essa doença.
CAUSAS:
Na
maioria das vezes a vasculite tem como causa a presença de elementos minúsculos no sangue que circula pelo corpo, os
quais são compostos por antígenos, substâncias desconhecidas do organismo, bem
como, por exemplo, as que estruturam micro-organismos,como bactérias e fungos, entre outros vinculados com os anticorpos produzidos pelos órgãos atingidos em defesa do corpo.
INCIDÊNCIAS:
Apesar de
existirem vários tipos de vasculites, esta inflamação é considerada uma doença
rara. A incidência está estimada em cerca de 25 casos por milhão de
habitantes/ano. Com a terapêutica que se utiliza atualmente, consegue-se manter
esta doença controlada em mais de 80% dos casos. No entanto, há uma elevada
taxa de morbilidade associada. O índice de recidivas situa-se nos 40% nos dois
primeiros anos.
SINTOMAS:
Os sintomas das vasculites variam de acordo
com os vasos comprometidos pela inflamação e os órgãos afetados (rins, articulações, sistema nervoso central e vias
respiratórias). Nas fases iniciais, costumam ser inespecíficos, ou seja, são
semelhantes aos provocados por vários outros quadros inflamatórios. A pessoa se
queixa de mal-estar, febre, sudorese, fraqueza, cansaço, perda de apetite,
emagrecimento. Com a evolução da doença subjacente, podem ocorrer as seguintes
manifestações clínicas: dor abdominal e nas juntas, urina escura ou com sinais
de sangue, tromboses, aparecimento de manchas vermelhas na pele,
sensação de formigamento e perda de sensibilidade nas áreas próximas aos vasos
inflamados. Foto de uma vasculite acometendo os vasos das mãos, causando
necrose dos dedos.
DIAGNÓSTICO:
Estabelecer um
diagnóstico preciso da vasculite não é das tarefas mais fáceis porque, no
início, os sintomas são inespecíficos, de evolução quase sempre lenta, e
semelhantes aos de muitos outros processos inflamatórios. No entanto, a
distinção entre as diferentes formas da doença é fundamental para orientar o
tratamento. Para tanto, é preciso levar em conta a história do paciente, os
sintomas, uma avaliação clínica minuciosa e o resultado de exames específicos
de sangue e de imagem. A biópsia dos tecidos e órgãos acometidos pela doença é
um recurso indispensável para esclarecer o diagnóstico.
TRATAMENTO
O objetivo do
tratamento da vasculite é reduzir a inflamação nos vasos sanguíneos. Ele varia
de acordo com o tipo e gravidade da doença e as condições do órgão afetado. Em alguns casos, a enfermidade é autolimitada e
desaparece espontaneamente. Em outros, quando é possível identificar a causa, é
suficiente afastar o agente etiológico para reverter o quadro. Às vezes, a
pessoa está aparentemente curada, mas os sinais da infecção ressurgem e é
necessário retomar o tratamento.
Há vários tipos de
vasculite que respondem bem aos medicamentos esteroides para controlar a
inflamação. Infelizmente, casos mais graves exigem a prescrição de drogas
imunossupressoras e citotóxicas para destruir as células do sistema imunológico
que participam do processo inflamatório. Quando o uso dessa medicação se faz
absolutamente necessário por longos períodos, é preciso introduzir medidas para
evitar os efeitos adversos dos esteroides e o risco de infecções oportunistas.
RECOMENDAÇÕES
Lembre que o diagnóstico precoce da vasculite representa um
pré-requisito básico para o sucesso do tratamento das diferentes formas da
doença. Não se automedique. Procure assistência médica se os sintomas típicos
da inflamação forem recorrentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário